Faz vinte anos que a passarela Darcy Ribeiro vivenciou um dos seus grandes momentos em se tratando do desfile do grupo especial das escolas de samba do Rio de janeiro. Foi quando o público e crítica viram dois grandes espetáculos, mas que eram antagônicos nas suas propostas de enredo. Estou me referindo aos desfiles apresentados por Imperatriz Leopoldinense e Beija Flor de Nilópolis no carnaval de 1989.
A Imperatriz veio com o enredo “Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós!”, pegando carona no centenário da Proclamação da República. A escola da Leopoldina desenvolveu este tema, se detendo numa narrativa correta dos acontecimentos que levaram ao fim o Império no Brasil e o início da República. Já o Beija Flor preferiu fazer uma reflexão mais sociológica da situação sócio econômico e cultural do Brasil produzida pela República, e levou para a avenida o tema “Ratos e urubus larguem minha fantasia” desfile onde a marca foi delírio da criação carnavalesca.
Enquanto o enredo da Imperatriz tentava recuperar um estilo que estava decadente naquela época, procurando ser fiel aos fatos históricos sem criticá-los, a Beija Flor consagrou um estilo de enredo que já era tendência nos desfiles desta época. Neste estilo o que valia era o texto livre da censura e o protesto do discurso como arma contra uma situação sócio econômico que enfastiava o povo brasileiro.
Ambos os enredos revelaram esteticamente com seus desfiles, lados opostos da República. A imperatriz mostrava uma versão oficial da história da Proclamação da República, ovacionando seus símbolos e heróis. Já a Beija Flor com seu enredo politicamente correto, trazia para Sapucaí uma estética agressiva que rasgar o véu da hipócrita República, que perambulava em meio ao mar de contrastes.
Independentemente do resultado dado pelo jurado, que consagrou a Imperatriz como campeã do carnaval de 1989 e a Beija Flor como vice, o que ficam nestes dois grandes desfiles são os seus valores artísticos e estéticos que revelam as facetas de dois grandes artistas que duelaram com duas concepções de artes distintas, mas de grande impacto visual. Estamos falando da Max Lopes pela Imperatriz e Joãozinho Trinta pela Beija Flor.
Estamos disponibilizando um pouquinho dos dois desfiles para que vocês, leitores desta coluna, possam alterar ou não o resultado deste duelo.
Participe, votando na enquete ao lado!
Imperatriz: http://www.youtube.com/watch?v=Q8BbyYAJmQM
Beija Flor: http://www.youtube.com/watch?v=P0RFeVUAH9w
A Imperatriz veio com o enredo “Liberdade, liberdade! Abra as asas sobre nós!”, pegando carona no centenário da Proclamação da República. A escola da Leopoldina desenvolveu este tema, se detendo numa narrativa correta dos acontecimentos que levaram ao fim o Império no Brasil e o início da República. Já o Beija Flor preferiu fazer uma reflexão mais sociológica da situação sócio econômico e cultural do Brasil produzida pela República, e levou para a avenida o tema “Ratos e urubus larguem minha fantasia” desfile onde a marca foi delírio da criação carnavalesca.
Enquanto o enredo da Imperatriz tentava recuperar um estilo que estava decadente naquela época, procurando ser fiel aos fatos históricos sem criticá-los, a Beija Flor consagrou um estilo de enredo que já era tendência nos desfiles desta época. Neste estilo o que valia era o texto livre da censura e o protesto do discurso como arma contra uma situação sócio econômico que enfastiava o povo brasileiro.
Ambos os enredos revelaram esteticamente com seus desfiles, lados opostos da República. A imperatriz mostrava uma versão oficial da história da Proclamação da República, ovacionando seus símbolos e heróis. Já a Beija Flor com seu enredo politicamente correto, trazia para Sapucaí uma estética agressiva que rasgar o véu da hipócrita República, que perambulava em meio ao mar de contrastes.
Independentemente do resultado dado pelo jurado, que consagrou a Imperatriz como campeã do carnaval de 1989 e a Beija Flor como vice, o que ficam nestes dois grandes desfiles são os seus valores artísticos e estéticos que revelam as facetas de dois grandes artistas que duelaram com duas concepções de artes distintas, mas de grande impacto visual. Estamos falando da Max Lopes pela Imperatriz e Joãozinho Trinta pela Beija Flor.
Estamos disponibilizando um pouquinho dos dois desfiles para que vocês, leitores desta coluna, possam alterar ou não o resultado deste duelo.
Participe, votando na enquete ao lado!
Imperatriz: http://www.youtube.com/watch?v=Q8BbyYAJmQM
Beija Flor: http://www.youtube.com/watch?v=P0RFeVUAH9w
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